SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA

Catarina nasceu em 288 d.C., em Alexandria – atual Egito. Filha do imperador Costus e da imperatriz Sabinela, perdeu o pai cedo e acompanhou a mãe para Cilícia, onde vivia o ermitão Ananias, que a converteu ao Cristianismo.

Aos doze anos de idade, Jesus Cristo lhe apareceu em um sonho para dizer que ela seria sua noiva. Prometida, não poderia se entregar a outro homem, porém poderia pregar o evangelho a todos. E deu-lhe um anel de noivado. Ao despertar, contou o sonho à mãe, que lhe mandou confeccionar um anel e passou a chamá-la de noiva de Cristo.

Reconhecida pela inteligência, simpatia, sabedoria e beleza, Catarina chamou a atenção do imperador de Alexandria, Maximino II, que perseguia cristãos. Na tentativa de desposá-la, Maximino Daia a convidou para um debate com sábios. Se saísse vencedora, poderia professar a fé em Cristo por todo o reino de Alexandria.

Com 17 anos, Catarina enfrentou 20 sábios e os converteu ao Cristianismo. Indignado, o imperador ordenou que os sábios fossem queimados vivos em praça pública e Catarina, presa. Cativa, foi humilhada, espancada e chicoteada. Durante dois anos, permaneceu sob tortura de soldados, por não se submeter aos costumes e deuses do imperador.

Maximino, derrotado em seu propósito, resolveu condená-la ao suplício da roda – um conjunto de quatro rodas que giravam em sentido contrário umas às outras, recobertas com lâminas em forma de garras. Conta-se que essa é a prova de maior fé e devoção a Cristo, pois, ao ser levada para praça pública, Catarina fez uma oração para destruir aquele instrumento de martírio.

Logo após a rogação, um raio destruiu as rodas, matando os soldados que a carregavam, enquanto Catarina sobreviveu. Enfurecido, o imperador a enviou novamente à prisão por mais 12 dias, sem água nem comida, para se entregar a ele. Ainda assim, Catarina se negou a casar com o imperador ou mesmo se ajoelhar perante seus deuses. Dessa maneira, Maximino ordenou sua decapitação no dia 25 de novembro de 307 e até hoje a data permanece em homenagem à sua memória.

Durante esta semana, o Núcleo de Comunicação Institucional (NCI) do TJ apresenta, em matérias especiais, a história da concepção da capela, a peregrinação do padre Angelos Kontaxis até o monte Sinai para buscar as relíquias da santa preservadas no local, a biografia de Santa Catarina de Alexandria, as bodas de prata celebradas no ambiente e o magistrado que adota a capela como espaço para retiro espiritual. As duas primeiras reportagens da série, publicadas na quarta e quinta-feira (23 e 24/11), também podem ser acessadas.

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