PR ANUNCIA QUE MILITARES GUINEENSES VÃO INTEGRAR MISSÕES CONTRAGOLPES NA CEDEAO
O Presidente da República (PR) anunciou, hoje, que os militares guineenses vão integrar as forças anti - golpe na sub-região que vai ser criada brevemente no espaço da CEDEAO.
O anúncio do Chefe de Estado foi feito no seu discurso informal no ato da entrega de materiais de construção e de transmissão para o Departamento da Engenharia das Forças Armadas guineense doado pela República Popular da China.
Umaro Sissoco Embaló justifica a criação das forças anti - golpe na sub-região, devido aos constantes sobressaltos que os países membros da CEDEAO têm registado nos últimos tempos, porque segundo ele, a única forma de que se deve chegar ao poder é através das urnas.
“Não podemos ter as forças armadas a pensar nos golpes, não é possível tem que ser banido, nós precisamos das forças armadas republicanos. Nos Estados Unidos tivemos uma reunião à margem da Assembleia Geral da ONU. Na qual chegamos a conclusão que há uma necessidade de criar uma força anti golpe na nossa sub-região, ou seja, reativação do ECOMOC e a Guiné-Bissau vai fazer parte dos que vão enviar os soldados para engrossar essa força, não podemos pelo belo prazer pegar nas armas assassinar as pessoas ou dar golpe, isso não vai acontecer mais na nossa sub-região, será um dos meu legado enquanto presidente da conferência dos chefes de Estado da CEDEAO, vamos levantar todos para criar uma força anti golpe, que fez golpe vai ser apreendido e levado para o tribunal penal internacional (TPI) para mostra-lhes que a forma de chegar ao poder é na urna”, explica o chefe de Estado.
Em relação aos equipamentos e matérias que o governo chineis ofereceu ao seu homólogo guineense destinados ao departamento da engenharia militar, está orçado num valor de cerca de dois bilhões de francos CFA. Segundo o encarregado dos negócios da embaixada da China na Guiné-Bissau, Li Feng, em representação do embaixador, diz esperar que “os materiais e equipamentos ofertados possam contribuir no desenvolvimento do campo militar e na construção do estado da Guiné-Bissau”.
Já o ministro de Estado da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Marciano Silva Barbeiro, afirmou que “o apoio material e equipamentos vão permitir o reforço das capacidades de intervenção das nossas forças armadas neste tempo de paz e de estabilização do nosso país”.
“Quero manifestar aqui as dificuldades do governo da Guiné-Bissau em conceder tão rapidamente como desejado estes meios através dos fundos próprios devido às conjunturas económicas nacionais e internacionais, daí aproveito agradecer mais uma vez ao governo e ao povo chines pelo gesto”, sustenta o político.
Entre as matérias doadas pelo governo da República Popular da China ao governo guineense constam tratores, caminhões, retroescavadeiras, gruas, motoniveladoras, entre outros.
Por: Braima Sigá
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