DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA DROGAS MARCADO COM DENÚNCIAS DE CIRCULAÇÃO DE “GRANDE” QUANTIDADE E PRISÃO DE ALTAS INDIVIDUALIDADES NO ESTRANGEIRO NA POSSE DA MESMA

O diretor-executivo do Observatório Guineense de Drogas e da Toxicodependência defendeu, hoje, a promoção de políticas que priorizem a reabilitação e a integração social dos usuários de drogas, em vez das suas punições e estigmatização.

“Devemos promover politicas que priorizem a reabilitação e a integração social [dos usuários de drogas], em vez das punições e estigmatização, além de isso, é essencial que reconhecemos e abordamos os fatores socioeconómico que contribuem para o uso de drogas na nossa sociedade”, afirma Abílio Aleluia Có, na cerimónia oficial da celebração do Dia Internacional de Luta contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, marcada no país, com a presença dos ativistas e jovens na sua maioria usuários de drogas.

Abílio Có afirma por outro lado, que “os usuários das drogas não são criminosos, são os indivíduos que necessitam de ajuda e apoio”, apontando “a pobreza, a falta de oportunidade de emprego, a educação limitada para os jovens são as questões que devem ser enfrentada para criar um ambiente onde os jovens podem prosperar sem recorrer nas drogas”.

Este ano, a celebração do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, está a ser assinalada sob o lema: “A Evidência é Clara, Investir na Prevenção”, por isso, o Diretor-geral da Prevenção e Promoção da Saúde, Armando Cifna, afirma que o consumo das drogas continua a causar problemas sérias na sociedade guineense.

“O consumo das drogas continua a causar problemas graves a nível da nossa sociedade, entre os quais: transtornos mentais, aumento de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis como o VIH e a hepatites viral, aumento da violência física no seio das comunidades, assaltos a mão armados, exclusão social, violência psicológica e aumento da criminalidade a nível da nossa sociedade, por isso, toda a família e a comunidade guineense em geral devem participar activamente na educação das nossas crianças e isso, contribuirá para evitar que as crianças adquiram os termos de vida ligado ao consumo de drogas”.

No estudo realizado, na Guiné-Bissau, sobre consumo das drogas, os resultados mostrou-se que a prevalência dos consumidores observa mais nas pessoas com a faixa etária entre os 15 a 19 anos de idade, no entanto, o país continua a ter lacunas para dar respostas no que diz respeito ao tratamento dos transtornos associados ao consumo das drogas.

Nesta senda, o Procurador-Geral da República, Bacari Biai avisa aos presentes que “o consumo de drogas é uma viagem sem regresso, consumir a droga é um início de autodestruição, droga não ajuda ninguém, droga prejudica a saúde, a droga prejudica a estabilidade governativa e política do país, na verdade até as autoridades do país desconhecem de muitas drogas sintéticas mas, hoje em dia na Guiné-Bissau, está a circulação várias drogas sintéticas”.

Nos últimos tempos tem-se falado muito da circulação de grande quantidade de drogas no país, envolvendo as autoridades, sendo o mais evidente, a recente prisão de um dos Procuradores da República e um Deputado da Nação na posse de drogas no Aeroporto de Lisboa-Portugal.

Entretanto, a Chefe do Escritório das Nações Unidas sobre drogas e crimes na Guiné-Bissau, Cristina Andrade relembrou que as problemáticas das drogas é um desafio mundial, e o país enfrenta desafios específicos sobre o fenómeno, devido a sua localização geográfica.

“Nós gostaríamos de relembrar que a problemáticas de drogas é um desafio mundial, que afeta milhões de vidas em todo o mundo. A Guiné-Bissau enfrenta desafios específicos, devido a sua localização geográfica e estratégica e, que tem sido frequentemente utilizado como ponto de trânsito para o tráfico internacional das drogas, estes problemas trazem consigo consequências devastadoras, incluindo o aumento das criminalidades e fragilização das instituições. Quando mais drogas passam, mais drogas circulam, maior é o risco do consumo, também as evidências dizem isto”.

Um estudo de três anos, apresentado em 2023, pela Rede de Epidemiologia da África Ocidental sobre Uso de Drogas (WENDU), concluiu que na última década, a África Ocidental passou de uma rota de trânsito de drogas ilegais da América do Sul para a Europa, para um Mercado de Drogas Ilegais em expansão, com um aumento preocupante de consumidores domésticos.

O estudo da WENDU recomenda que a CEDEAO desempenhe um papel de liderança na elaboração de uma política regional uniforme em matéria de cannabis que tenha em conta as realidades culturais, sociais e económicas da região.

 

Por: Braima Sigá

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