HOSPITAL REGIONAL DE BAFATÁ SEM CONDIÇÕES DESDE O DESVIO DE MAIS DE 100 MILHÕES DE FRANCOS CFA

O diretor do hospital regional de Bafatá, Anderson Bitita, denuncia que o hospital está sem mínimas condições para atender e nem para tratar os doentes.

“A administração do hospital foi penalizada pelos seus valores financeiros. Acabamos por ficar sem nada e isso tem-nos dificultado bastante em termos económicos”, disse o diretor do hospital regional de Bafatá, leste do país.

Estas denúncias foram feitas passados há precisamente 10 meses desde que mais de 100 milhões de francos cfa foram tirados da conta bancária dos centros de saúde da Guiné-Bissau. O caso já está na justiça e até o então ministro da saúde foi preso na sequência das investigações e acusado de desvio de fundos e da corrupção. O ministro disse publicamente que o dinheiro foi tomado a título devolutivo.

Falando em entrevista à RSM, Anderson explica-nos que atualmente o hospital não dispõe de ambulâncias para evacuação dos doentes, estão sem medicamentos e nem aparelhos de Raio X e muito menos de água potável.

“Estamos sem iluminação, sem medicamentos essenciais por causa do condicionalismo económico. O hospital está sem materiais electro médicos e neste momento apenas uma ambulância está a funcionar e as outras 3 estão a espera da manutenção”, explica Anderson lembrando ainda que a maioria das 180 camas do hospital está estrada e sem lençóis.

O médico, diante desta situação, pede a intervenção das autoridades governamentais para colmatar esta situação sendo que milhares de pessoas são atendidas, mas em situações precárias.

“O governo deve dar atenção a este que e o segundo maioria hospital do país e com maior performance. Vendo a estatística dos atendidos por dia, daremos graças a Deus a estes técnicos que trabalham nestas condições e dão o máximo dos seus esforços”, solicita.

No hospital mais de 1 ano que os técnicos estão sem receber os seus incentivos e, o diretor do hospital de Bafatá informa que todas estas dificuldades são do conhecimento do ministro da saúde Pública.

“A história da região de Bafatá não é segredo. É do conhecimento do mundo, porque aqui trabalhamos graças a nossa boa gestão”, lamenta.

Ainda ficou por aberto os detalhes sobre a investigação do desvio de mais de 100 milhões de francos cfa tirados, pelo então ministro da saúde António Deuna, nas contas bancárias dos centros de saúde da Guiné-Bissau.

Desde o Abril do Ano passado, os técnicos de saúde de quase todo o país vêm denunciando a situação precária em que trabalham e em que os doentes são internados porque não dispõe de fundos.

Na sequência da denúncia, a Polícia Judiciária efetuou a prisão de alguns três altos funcionários do ministério da Saúde Pública por suspeita de envolvimento do desvio deste funco, que depois foram apresentados no Ministério Público.

 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iaia Quadé

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