SÃO NARCISO
Origens
Narciso nasceu, provavelmente, no ano 96. Sabe-se que ele não era judeu, mas não se sabe o local de seu nascimento. As principais lembranças que a história guardou deste santo, além de sua longevidade e lucidez extraordinárias, foram as de que ele era um homem humilde, penitente, austero, puro e simples. Sabe-se também que, desde sua infância, ele demonstrou grande amor a Jesus Cristo e quis dedicar toda sua vida ao serviço de Deus. Por isso, aguardou a idade mínima para receber a ordenação sacerdotal.
Caridade
Como sacerdote, São Narciso realizou um trabalho notável dedicado aos doentes e pobres da cidade de Jerusalém. Este trabalho foi tão intenso que os cristãos da Cidade Santa quiseram que ele assumisse a paróquia dedicada a São Tiago. Nesta paróquia, ele dedicou-se à caridade para com os necessitados e à evangelização. Nesta missão, ele arrebanhou multidões.
Bispo mais idoso de todos os tempos
Quando a diocese de Jerusalém perdeu seu bispo, por volta do ano 186, os cristãos, em unanimidade, quiseram que São Narciso assumisse o comando da diocese. Por isso, ele foi sagrado bispo de Jerusalém. Ele contava, então, com quase cem anos de idade. Mesmo assim, a idade tão avançada não lhe pesou. Ao contrário, ele teve forças para governar a diocese com firmeza por quase dezesseis anos.
Missão
O governo de São Narciso governou na diocese de Jerusalém foi marcado por uma liderança decisiva e atuações marcantes e, inclusive, vários milagres atestados por muitos. Uma de suas atuações mais importantes se deu num Concílio realizado em Jerusalém, no qual foi decidido que a Páscoa dos cristãos deveria ser celebrada num dia de domingo.
Milagres
A história de São Narciso está repleta de milagres e graças especiais alcançadas através de sua intercessão. Entre essas graças, conta-se que, na véspera de uma celebração da Páscoa, faltava o azeite na igreja. Por isso, não seria possível acender as velas, nem mesmo o Círio Pascal para a celebração da grande vigília. Por isso, São Narciso rezou pedindo auxílio de Deus. Tem em seu coração a inspiração de abençoar uma vasilha de água. Quando ele abençoou, a água foi transformada em azeite. Assim, as velas puderem ser acesas e as celebrações vividas com fervor e intensidade.
Calúnia e justiça
O final da vida de São Narciso teve uma marca trágica. Ele foi acusado injustamente por três indivíduos. Estes afirmaram que o viram praticando atos ilícitos e fizeram juramentos:
O primeiro, disse: “Que eu seja queimado vivo se estiver mentindo!”
O segundo disse: “Que a lepra me devore se eu não estiver falando a verdade!”
E o terceiro afirmou: “Que eu fique cego se não for verdade o que digo!”
São Narciso afirmou sua inocência e que perdoava seus acusadores, mas depois da acusação, preferiu isolar-se no deserto. Pouco tempo depois, seus acusadores receberam o castigo tal qual tinham jurado. O primeiro, morreu queimado num incêndio. O segundo, tornou-se leproso e o terceiro, após ter chorado bastante diante dos cristãos, arrependido e confessando o crime cometido, ficou cego.
Volta triunfante
O povo saiu em busca de São Narciso para que reassumisse seu cargo. Porém, não o encontraram e pensaram que ele tivesse falecido e passaram a trata-lo como santo. Por isso, outros três bispos assumiram em seu lugar. Alguns anos mais tarde, porém, eis que São Narciso reapareceu. O povo o acolheu com grande alegria e surpresa e fez com que ele reassumisse suas funções. Os últimos relatos que existem sobre São Narciso encontram-se numa carta redigida por Santo Alexandre. Na carta ele diz que São Narciso completou cento e dezesseis anos de idade à frente da diocese de Jerusalém e que terminou seus dias exortando para que todos se esforçassem para manter a concórdia.
Oração a São Narciso
“Ó Deus, que destes a São Narciso a graça da perseverança na fé e no amor, mesmo diante de calúnias e falsas acusações, dai também a nós a graça de permanecermos firmes, mesmo nas dificuldades e livrai-nos da calúnia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. São Narciso, rogai por nós.”