Religião / Itália: GUINEENSES CELEBRAM CENTENÁRIO DO FALECIDO BISPO DOM SETTIMIO FERRAZZETTA

Na cidade de Verona, na Itália, estão a ser realizadas atividades no quadro da celebração do centenário do falecido bispo de Bissau, Dom Settimio Arturo Ferrazzetta e de Amílcar Cabral, fundador da nacionalidade guineense.

O evento realizado no último fim-de-semana, juntou músicos religiosos e fiéis católicos guineenses e italianos.

A comemoração culminou com a celebração de uma missa onde estavam presentes o bispo emérito, Dom José Camnate, o administrador diocesano da diocese de Bafatá, padre Lúcio Brentegani, e o padre Jaime do Nascimento da paróquia Nossa Senhora de Fátima e o padre Maxieve Indeque, ambos da Igreja da Guiné-Bissau.

Durante o evento na cidade onde nasceu o bispo, foram entoadas cantigas que refletem a vida e a obra do primeiro bispo da Guiné-Bissau que este ano celebra os seus cem anos de nascimento.

Também no mesmo evento religioso foi celebrado o centenário de Amílcar Cabral, fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana.

Para a celebração participaram os guineenses que saíram de diferentes países sob o lema "a verdade vos libertará". E, cada guineense exibia a bandeira do seu país de acolhimento.

Na Itália, os participantes tiveram momentos de confraternização e a gastronomia foi tipicamente guineense.

O padre Maxieve Indeque que estava presente na celebração pediu oração mútua entre os guineenses.

"Continuem a rezar por nós e continuem a rezar por vocês. Um abraço para a Guiné-Bissau e especialmente aos paroquianos da Nossa Senhora de Fátima".

Os guineenses que participaram no evento disseram que o momento é de agradecimento a Deus pela possibilidade de se transformar numa pessoa melhor, eles pediram que os fiéis guineenses também realizassem eventos no género.

"Queremos que não percamos esta figura. Não podemos esquecer dele porque ele é herói como Amílcar Cabral. Ele é herói por causa da Guiné-Bissau pelo que deu a sua vida. E, para nós, ele já é um santo e apenas estamos a esperar que a Igreja Universal possa proclamar a sua santidade", disse um dos participantes que igualmente pede que o legado do falecido seja cumprido pelos guineenses.

"Temos que dar o nosso contributo na evangelização, na generosidade de dar o nosso possível. Festejamos os centenários do falecido bispo e de Amílcar Cabral e todos eles são pais para a Guiné-Bissau", enfatiza uma outra participante que também é um membro da comissão organizadora do evento.

Em Itália foram realizados eventos para a celebração dos centenários do primeiro bispo da Guiné-Bissau e do pai das nacionalidades guineense e Cabo Verdiana.

 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos Camará

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