IGREJA CATÓLICA DA GUINÉ-BISSAU HOMENAGEIA SEU PRIMEIRO BISPO QUE TEVE PAPEL IMPACTANTE NA GUERRA CIVIL DE 7 DE JUNHO
A Igreja Católica da Guiné-Bissau assinala a partir do passado dia 19 de junho até ao próximo mês de dezembro, o centenário do nascimento do seu primeiro Bispo, Dom Septímio Artturo Ferrazzetta.
As atividades comemorativas do centenário vão decorrer até aos dias 8 e 9 de dezembro. O então bispo nasceu a 08 de dezembro de 1924 e faleceu em janeiro de 1999, em Bissau.
Para o efeito, foi criada uma comissão organizadora que ao anunciar os detalhes das atividades comemorativas destacou o papel do falecido bispo, como sendo uma figura importante para o país, porque durante a sua vida, sempre esteve na linha de frente na promoção da paz e da reconciliação nacional.
O Porta-voz da comissão Organizadora, padre Paulo de Pina Araújo, disse que a ideia é fazer os guineenses lembrarem da figura do bispo e sobretudo impulsionar os jovens a seguirem os exemplos deste que foi o primeiro bispo da Guiné-Bissau e que deu a sua energia e juventude para o bem do país.
“A Igreja da Guiné-Bissau é viva e presente no contexto religioso e também no político e social da Guiné-Bissau. Então, Dom Sétimo foi uma figura muito importante nestas dimensões e ele trabalhou muito na busca de paz durante a guerra civil de 7 de junho, mas além disso ele fez muitos trabalhos no âmbito social, religioso e político”, disse o padre Paulo.
O Padre Paulo de Pina garante ainda que o falecido Dom Septímio Ferrazzetta teve impacto na implementação da paz e reconciliação nacional, na formação académica dos guineenses e principalmente ao nível religiosos e socio -económico.
O porta-voz da Comissão Organizadora convida toda a franja social guineense a participarem nas atividades que terá um impacto nacional.
As atividades comemorativas do Centenário de nascimento do primeiro Bispo da Guiné-Bissau, Dom Septímio Ferrazzetta, terão o seu ponto central no dia 08 a 09 de dezembro.
Dom Septímio morreu em 1999 em plena guerra civil de 07 de junho, ele esteve sempre na linha de frente em negociações com as duas partes no conflito. O engajamento de Dom Septímio também teve impacto na vida social, económica e académica dos guineenses.
Dom Septímio Artturo Ferrazzetta iniciou as suas atividades eclesiástica na Guiné-Bissau na companhia de mais três companheiros, e foi colocado na Igreja São José de Bôr, lugar de onde se deslocava para a aldeia de Cumura, para dar assistência aos doentes que padeciam de lepra, uma doença na altura muito infeto contagiosa.
Por: Rádio Sol Mansi
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