MINISTRO DA SAÚDE CRITICA FALTA DE COORDENAÇÃO NO SETOR E QUESTIONA EFICÁCIA DOS APOIOS DOS PARCEIROS

 

O Ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, acusa os parceiros de serem um dos responsáveis pela situação precária em que a saúde pública do país se encontra atualmente.

A acusação foi feita nesta segunda-feira, em Bissau, à margem da abertura do seminário sobre a prevenção da corrupção no setor de saúde, com o objetivo de melhorar o acesso a informações confiáveis e construir parcerias estratégicas.

Segundo Pedro Tipote, o sistema de saúde está a funcionar de forma descoordenada entre as instituições parceiras.

“Os parceiros da saúde pública do país são co-responsáveis pela situação que se encontre a saúde pública da Guiné-Bissau, mas também é preciso ter uma governação que permite repensar o funcionamento de sistema de saúde no país” disse o Ministro da Saúde Pública Pedro Tipote.

Na mesma cerimónia de abertura, o titular da pasta da Saúde Pública questionou o impacto dos apoios financeiros doados pelos parceiros ao setor de saúde.

“Sistema de saúde nacional tem beneficiado vários financiamento e subvenção ao longo dos anos, mas pode-se perguntar qual é impacto positivo qual evidência com essas subvenções e apoios financeiros que nós recebemos, quando temos o sistema de saúde nas condições que ela estão á hospitais á centro de saúde sem capacidades, portanto devíamos chamar a nós mesmo a grande responsabilização para poder realmente aproveitar esses fundos” diz titular da saúde.      

No entanto, questionado sobre a greve projetada para os dias 27 a 29 deste mês, pelos técnicos de saúde reintegrados, Tipote afirmou que a greve é um direito legítimo e apelou à compreensão.

“Greve é um direito legítimo dos trabalhadores, mesmo eu que estava a trabalhar sem receber vou revindicar, mas também devemos compreender a em situação que se encontra, porque a reintegração deste mesmo grupo é um processo viciado”

De acordo com o levantamento feito nos últimos dias no setor de saúde pública, o Ministro informou que, só no setor autónomo de Bissau, 354 médicos, incluindo enfermeiros, recebem seus salários sem trabalhar, por estarem ausentes do país.

 

Por: Turé da Silva

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