Religião: UNIÃO NACIONAL DOS IMAMES QUER QUE TODOS OS GUINEENSES SEJAM PORTADORES DE MENSAGEM DE PAZ

A União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau pede que cada guineense partilhe a mensagem de paz e de irmandade com vista ao respeito da boa convivência inter-religiosa no país.

O apelo da União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau foi feito, hoje, durante uma leitura de mensagem do presidente da mesma organização em relação ao atual momento sóciopolítico da Guiné-Bissau caracterizado por trocas de acusações e agressões verbais entre os guineenses, incluindo nas redes sociais.

O porta-voz dos imames da Guiné-Bissau, Ustas Mussa Buaro, pede que todos trabalhem para o bem-estar do país.

"A União Nacional dos Imames pede que cada um de nós, no seu trabalho, na sua profissão e nas suas relações pessoas, partilhem a mensagem de paz", exorta.

Os imames da Guiné-Bissau partilham ainda a preocupação em relação à violação verificada nos lugares de cultos na Guiné-Bissau, com recentes acontecimentos da queima de local de culto tradicional e de uma igreja na cidade de Bissau.

Mussa Buaro diz que esta é uma violência que não existe na religião islâmica.

"Ninguém em nenhuma circunstância, mesmo que seja violado, deve fazer a justiça com as suas próprias mãos. A religião islâmica não coabita com a violência e por isso apela que quem se sentir injustiçado que recorra às vias legais", sustenta.

A União Nacional dos Imames alerta ainda pelas consequências que podem advir destas situações.

"Quando começa um problema, depois disso poderão acontecer coisas que se não forem prevenidas pode ser o que ninguém deseja", adverte.

O aumento da violência inter religiosa e a profanação nos lugares de culto está a preocupar diferentes franjas da sociedade guineense.

Sobre esta situação a Igreja Católica da Guiné-Bissau pediu que seja preservada a irmandade na Guiné-Bissau e que seja feita uma investigação séria para descobrir os culpados.

Igualmente, a Liga Guineense dos Direitos Humanos considera esta situação de afronta a princípio de liberdade religiosa no país e exige que seja feita uma investigação célere do caso.

 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos Camará

 

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