PRESIDENTE DA REPÚBLICA INSTA O NOVO PGR A TRABALHAR EM CONCORDÂNCIA COM OS ÓRGÃOS JUDICIAIS
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, aconselhou o novo Procurador-geral da República a trabalhar em concertação com os órgãos da justiça e abdicar dos atos de ajustes de contas.
O Presidente falava, esta esta quarta-feira, durante a cerimónia de posse do novo Procurador-geral da República (PGR), Edmundo Mendes nomeada em substituição de Bacari Biai.
Umaro Sissoco Embaló pede que os ajustes de contas sejam feitos fora do exercício das funções.
“Peço-vos a concertação entre os órgãos da justiça, como a PGR, o Supremo Tribunal da Justiça e o Tribunal de Contas. Como jovem é bom deixar a cultura de ódio gratuito por isso vocês devem concertar-se para poder abdicar dos actos de ajuste de contas”, aconselha o chefe de Estado.
O Chefe de Estado diz ser que a sua presidência não é de guerra, “porque eu sou presidente pacifista dentro e fora, por isso não acompanho a dinâmica da guerra e nem de ajuste de conta”.
“Vou estar muito atento não só com o seu desempenho, mas como fiscal de legalidade de Estado”, adverte o presidente Umaro Sissoco Embalo.
Entretanto, o novo PGR ao ser interpelado pela Rádio Sol Mansi, sobre o possível envolvimento de altos dirigentes políticos do país no denunciado desvio de quilos de drogas de acordo com os áudios vazados nas redes socias, Edmundo Mendes, respondeu que quem conduz as investigações são os magistrados do ministério público e não o procurador.
“Acabo de tomar posse e não posso estar a pronunciar sobre dossiers em curso, eu vou-me inteirar de facto dos documentos, como sabem, quem conduz as investigações são os magistrados do Ministério Públicos não o PGR, porque a função do PGR é gerir o que é afeto ao Ministério Público”, justifica Edmundo Mendes.
O Presidente da República nomeou, ontem, Edmundo Mendes como o novo PGR, depois de ter exonerado num despacho sem detalhes do motivo, o antigo PGR, Bacari Biai. O decreto da exoneração do Bacari Biai aconteceu meses depois da denúncia feita contra a sua pessoa pelo sindicato dos magistrados de atos de corrupção
Os sindicalistas exigiam o seu afastamento das funções, para que as investigações dos casos de drogas no país sejam feitas de forma imparcial e para que os implicados fossem traduzidos à justiça.
Refira-se que o novo PGR Edmundo Mendes assume este cargo pela segunda vez e há alguns anos, exerceu as funções do ministro do Interior.
Por: Turé da Silva