BELAB ORGANIZA CONFERÊNCIA SOBRE AVALIAÇÃO DE IMPACTO NO SETOR DO CAJU
O presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Caju (ANCA-GB) disse, hoje, que o caminho para a transformação do caju no país exige um esforço contínuo de toda a cadeia de valor.
“Sabemos que o caminho para transformação do setor de caju exige esforço contínuo de toda a cadeia de valor, desde os produtores, comerciantes, exportadores, banqueiros e acima de tudo da própria autoridade reguladora ANCA-GB”, diz Florentino Carlos Delegado no discurso da abertura de uma conferência sobre Avaliação do Impacto no sector de Caju, organizada pelo Laboratório de Economia de Bissau (BELAB).
A Guiné-Bissau é um dos maiores produtores mundiais de castanha de caju. A produção e a receita deste produto constituem a principal fonte de rendimento de uma grande parte da população. No entanto, o presidente do Conselho de Administração da ANCA entende que “o país precisa de um setor dinâmico, competitivo e inovador, para assegurar a sua estabilidade no crescimento. Ao longo do ano só a sua qualidade não basta é, neste contexto que a parceria entre ANCA e o BELAB reveste-se da especial relevância pois ambos estamos comprometidos em garantir que o caju da Guiné-Bissau continua a se destacar pela sua qualidade e pelos benefícios que trás aos seus produtores”.
Em relação à Conferência em si, o Diretor- Executivo Adjunto do BELAB, Dayvikson Tavares, disse aos jornalistas que o propósito da mesma é mostrar os resultados do estudo realizado nos últimos dois anos de campanhas de caju.
“A conferência é para demonstrar os resultados dos dois anos que fizemos estudos, na qual tivemos um grupo de tratamento de controlo que nos utilizamos como público-alvo. Na plataforma Nkalo, as pessoas que beneficiaram do estudo e utilizaram a plataforma ganharam, neste caso os produtores, ganharam em média 60 mil francos cfa a mais em comparação a produtores de caju que não usaram o serviço, agora os resultados de hoje, mostra de que nós podíamos ter conseguir um resultado melhor, só não conseguimos porque a campanha de 2023 correu mal, como correu mal, apenas as tabancas de tratamento que receberam as informações e que nós também facilitamos listas de intermediário conseguiram uma vantagem de 10% acima do seu rendimento e as outras tabancas que não beneficiou da lista dos intermediário o estudo não teve um grande impacto, temos que admitir isso”.
Os responsáveis do BELAB entendem que o mercado do caju, apesar da sua importância estratégica para a economia e o bem-estar nacional, carece de transparência e de informação sobre os preços praticados nas diferentes zonas de produção.
A insuficiência de informação e a fraca capacidade de análise constituem obstáculos críticos, que dificultam a capacidade dos produtores de negociar o preço das suas colheitas no mercado do caju da Guiné-Bissau, por isso, são necessárias políticas que promovam o acesso à informação e a transparência do mercado.
Por: Braima Sigá