APU-PDGB DIZ QUE SE O PR MARCAR DATA DAS LEGISLATIVAS PARA ESTE ANO SERÁ DA SUA “INTEIRA” RESPONSABILIDADE
A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) disse que se o chefe de Estado persistir na sua decisão de marcar as eleições legislativas para 24 de novembro, será da sua inteira responsabilidade.
A afirmação da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) foi anunciada, hoje, pelo seu Secretário nacional, Agostinho da Costa, que falava só à Rádio Sol Mansi em relação às promessas feitas, ontem, por Umaro Sissoco Embaló que anuncia que depois da sua chegada ao país vai marcar as legislativas para daqui a 4 meses.
“O presidente deveria marcar as eleições presidenciais, mas se ele vier a marcar as legislativas será da sua inteira responsabilidade”, sustenta.
Agostinho da Costa disse ainda que o Supremo Tribunal de Justiça foi assaltado supostamente a mando do Presidente da República (PR) e que não existem condições para que os partidos possam depositar as suas candidaturas.
“ (…) Marcando as eleições, quem vai conferir os documentos ao ponto de indeferi-los e como ele assaltou o tribunal, então ele não é legal e então ao dar entrada nos documentos em situações de ilegalidade significa estar a fomentar ilegalidade no país”, enfatiza.
Na última sessão ordinária número 65 da conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental, o governo da iniciativa presidencial na Guiné-Bissau foi encorajado a acelerar o processo de realização de novas eleições legislativas para restabelecer a Assembleia Nacional Popular e permitir a realização de eleição dos membros da Comissão Nacional de Eleições.
Em reação, o secretário nacional da APU-PDGB disse que a CEDEAO não foi quem elaborou as leis da Guiné-Bissau e “não são lei eleitoral e nem tão pouco a Constituição da República da Guiné-Bissau”.
“A Guiné-Bissau tem as suas eleições e serão marcadas as eleições que vão em conformidade com o que consta nas leis, e não com a encomenda da CEDEAO”, defende.
A APU anunciou ainda que vai continuar a fazer pressão para que as pessoas cumpram com a legalidade no país, “ninguém conduz o país com encomenda de outrem”.
O secretário nacional do partido liderado pelo antigo primeiro -ministro, Nuno Gomes Nabiam, apela o povo guineenses para estarem atentos e serenos “vigiando” os comportamentos e atitudes de atrocidades e violações das leis do país.
“Porque a razão estará ao lado deste povo que está a ser machucado”, enfatiza.
Refere-se que, ontem, o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, informou que dentro de poucos dias vai marcar para o próximo dia 24 de novembro a realização antecipada das eleições legislativas no país, e convida as formações políticas que não estejam de acordo com a data para recorrerem ao Supremo Tribunal da Justiça.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos Camará