MINISTRO APELA ENTENDIMENTO COM SINDICATOS PARA PERMITIR NORMAL FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DO ENSINO
O ministro da Educação Nacional apelou hoje os professores a continuar a leccionar e ao mesmo tempo exigir o Governo os seus direitos em vez de enveredar para o caminho da paralisação do sistema, prejudicando a aprendizagem das crianças.
“Paralisar o sistema educativo não é o ministro que vai ficar prejudicado, é as crianças, os nossos filhos inclusive dos próprios professores que um dia, o governo vai lhes pagar a dívida e as horas lectivas perdidas, portanto, é bom que continuamos a dar as aulas e exigir o governo no nosso direito”, aconselhou Henri Mané, esta manhã no Liceu Jorge Ampa Cumelerbo, em Bissau, onde se encontrava para acompanhar a campanha de distribuição do livro para os alunos da 1ª a 4ª classe e tablet para os professores deste nível.
Não obstante a este apelo, o governante ameaça descontar no salário e até retirar horário aos professores do ensino básico e secundário que aderem as greves que prejudicam o sistema, o ensino básico secundário, é a base de um país”.
Em relação à questão da falta dos professores reclamados pelos pais e encarregados de educação e o próprio sindicato do setor, o titular da pasta da Educação diz que a situação deve-se ao controlo implementado no sistema.
“Estamos a controlar os professores efectivo que tivemos com as suas cargas horárias e, para depois contratamos outros para preencher as lacunas que existem, portanto é um processo que está sob controlo” diz para depois reclamar “como é possível um estudante de ensino superior a pagar mensalmente 4.166 francos cfa, por mês, em que parte do mundo? Naturalmente que vai haver greve no setor, e depois ao concluir o curso do professor, o próprio Governo tem que arranjar trabalho, as pessoas têm que nos compreender mas é necessário fazer reajuste”.
Em relação a campanha de distribuição do livro para os alunos de ensino básico, Henri Mané disse que “a intenção é distribuir o livro no futuro até aos alunos do nono ano da escolaridade para permitir uma harmonização do sistema a nível nacional”.
A campanha de distribuição do livro aos alunos da 1ª a 4ª classe vem na sequência do “Projeto Educação para Todos” financiado pelo Banco Mundial para as 560 escolas públicas de 5 regiões do país, nomeadamente, Bafatá, Cacheu, Oio, Quinara e SAB.
Por: Braima Sigá
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