Independência nacional: “COM 49 ANOS, A GUINÉ-BISSAU AINDA APRESENTA CONDUTA DE UM ADOLESCENTE”

O povo guineense diz que vive num país independente, mais que ainda carece de necessidades básica e, para fazer face à situação pede a união da classe política.

Os apelos dos guineenses foram ouvidos, hoje, no dia em que se comemora os 49 anos da independência da Guiné-Bissau. Foi nesta data que os heróis guineenses proclamaram unilateralmente, nas matas de Boé, a liberdade do povo guineense e constitui a sua primeira assembleia nacional popular sob a presidência de João Bernardo Vieira “NINO”.

As pessoas ouvidas pela nossa reportagem disseram que as quase 5 décadas da independência do país, demostra que ainda estamos em passos largos para o desenvolvimento.

“O nosso país tem 49 anos, mas em termos do comportamento e das crônicas instabilidades político-social precisa ainda de amadurecer porque demostra aparência de um adolescente”, disse um cidadão.

“É preciso que todos juntos reflitamos sobre os valores da independência. O ideal seria todos os anos sentirmos que estamos no caminho do desenvolvimento. Vendo o país com estes anos da independência e no caminho que está é lamentável”, disseram mais 4 pessoas ouvidas pela RSM.

Outras pessoas disseram que em parte o objetivo da luta não está a ser cumprido porque os antigos combatentes queriam ver uma Guiné-Bissau melhor.

Hoje, comemora-se os 49 anos da independência nacional da Guiné-Bissau que foi a primeira colônia do PALOP a ver a sua independência reconhecida por Portugal, em setembro de 1974.

Para entender o impacto social da luta que se concretizou com a independência nacional, a RSM falou com o sociólogo guineense, Ivanildo Paulo Bodjam. O também professor universitário disse que a independência trouxe para o país muitos ganhos inclusive na formação dos quadros em diversas áreas.

Os sucessivos golpes de Estados e mudanças inconstitucionais dos governos, não escaparam dos olhares do Sociólogo. Ivanildo Bodjam considera de muito baixo o nível de estabilidade governativa no país.

Já ao nível político, ouvimos o politólogo, Rui Jorge Semedo, que considera os 49 anos como grande ensinamento para os guineenses.

O analista político diz que os primeiros momentos da independência foram marcantes para o país e houve progressos em termos de diplomacia, da afirmação do Estado e ainda da criação de postos de emprego.

Rui Jorge Semedo diz que o país continua na mesma situação porque os guineenses não têm a capacidade de transformar os ideais da luta armada pela liberdade nacional.

Já ao nível econômico, o economista guineense, José Nico Djú, adverte que o país não conseguira entrar na linha dos desenvolvidos se não houver a paz e ele aconselha os políticos a respeitarem a política de governança.

Como perspectivas, o analista económico, José Nico Djú, aconselha o Estado a criar mais estratégias de criação de emprego e disse que é preciso mais taxa de responsabilidade em relação aos responsáveis pela política administração pública.

Hoje (24 de setembro), a Guiné-Bissau comemora os 49 anos da independência. A guerra de independência durou onze anos. começou em 23 de janeiro de 1963, com o início das ações de guerrilha na região de Tite.

Foram nas Colinas de Boé que foi feita a proclamação da independência da Guiné-Bissau, há precisamente 49 anos e foi em Lugajole, no sector de Madina do Boé. Á frente da luta sempre esteve Amílcar Lopes Cabra que, através do PAIGC. Cabral não viu o seu sonho realizado, foi assassinado meses antes da proclamação unilateral.

Passados 49 anos, ainda se pergunta: Conseguimos atingir aquilo que foi o real motivo da luta?

 

Por: Rádio Sol Mansi

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