Diplomacia: GUINÉ-BISSAU ESTÁ PRONTA PARA ASSUMIR PRESIDÊNCIA DA CPLP EM 2025
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, assegurou nesta quinta-feira, (25-07) em Bissau, que o país está preparado para assumir a próxima presidência rotativa da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), em Julho de 2025.
“Estamos perfeitamente preparados para assumir a presidência da CPLP”, assegurou o chefe da diplomacia guineense, em conferência de imprensa, realizada no seu gabinete, em Bissau, ao fazer o balanço da visita oficial do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, a República Popular da China.
“O país é a continuidade”, diz Carlos Pinto Pereira, ao ser questionado sobre assunção da Guiné-Bissau a presidência rotativa da CPLP, no meio das eleições legislativas marcadas para 24 de novembro deste ano e o presidencial que o chefe de Estado anunciou a sua realização em novembro de 2025, dez (10) meses após o término do seu mandato e quatro meses depois de a Guiné-Bissau assumir a presidência rotativa do bloco lusófono.
Para o chefe da diplomacia guineense, Carlos Pinto Pereira “nós [atual autoridade] vamos começar a presidir e se for eleito outro Presidente da República, a Guiné-Bissau vai continuar a presidir na mesma, o atual governo que está no acompanhamento dos seus dossiês respectivamente mas, se as eleições legislativas for realizada e um partido for vencedor, formou o seu governo é exactamente aquele governo que vai continuar. Por isso, eu não compreendo o porquê que as pessoas estão a dizer que a Guiné-Bissau não pode assumir a presidência. Quem vai assumir a presidência é a Guiné-Bissau, então, devemos fazer tudo para honrar a presidência da Guiné-Bissau e cumprir o mandato da melhor maneira possível”.
VISITA A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
Em relação aos acordos assinados no âmbito da visita do presidente Embalo à república popular da China, o chefe da diplomacia guineense acredita que os acordos vão ser executados com o acompanhamento conveniente do governo guineense.
“De facto, não é a simples assinatura que lhe dá garantia de que algo vai acontecer, mas se nós acompanhamos convenientemente com certeza vai ser feita, neste caso por exemplo da China, é um caso muito concreto. A República Popular da China tem uma postura face ao cumprimento dos seus compromissos muito forte e eu, não tenho dúvida de que, quer a reabilitação das ruas de Bissau, quer posteriormente estradas do interior, cidade universitária e outros que vierem a ser acordados vão fazer”.
Questionado para quando o início da execução dos acordos rubricados a duas semanas entre as autoridades guineenses e chinesas, Pinto Pereira afirmou que “alguns já estão em execução, sobretudo da celebração do centenário do Amílcar Cabral”, pai fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana, “no componente logística implica o fornecimento dos transportes para as delegações que vão participar na celebração, Instituto Confúcio que vai ser feita nas instalações de “Tchico Té”, (que forma os professores do ensino secundário), as obras vai começar imediatamente, no máximo um mês, a missão técnica chinesa da área agrícola, vai chegar nos próximos dias, o arroz como ajuda alimentar para Guiné-Bissau está também em curso a sua vinda a Bissau, portanto, há uma série de acções que já estão a ser preparado”.
O chefe da diplomacia anunciou durante a mesma conferência de imprensa que “o país trouxe da China, projectos concretos, sobretudo no sector agrícola, infraestruturas, turismo e a educação”.
Por: Braima Sigá
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