Os populares da Ilha de Canhabaque, setor de Bubaque, região de Bolama, denunciam a falta de pessoal técnicos e das infra estruturas hospitalares de qualidade.
De acordo com os entrevistados pela Rádio Sol Mansi, este fim-de-semana, nas ilhas dos Bijagós, na tentativa de procura de um centro especializado, os pacientes acabam por perder a vida. No local constatamos que a zona depara com dificuldades em termos de evacuação dos pacientes para o hospital de Bubaque.
Em nome das mulheres de Canhabaque, Luísa Magide Forse explica que em toda a ilha de Canhabaque o centro de saúde está afectado apenas com dois enfermeiros e três camas para o internamento.
“O centro de saúde não tem mínimas condições, funciona apenas com três camas e se os pacientes forem maior ao número de camas, os restantes têm que voltar para casa ou deitar nas varandas do centro que conta com apenas dois técnicos de saúde. Em relação aos transportes não temos, quando há paciente que deve ser evacuado para Bubaque, a única alternativa é a piroga sem motor e com a demora da viagem, outrora, o paciente acaba por morrer na viagem”, relatou Luísa Magide utente de centro de saúde de Canhabaque.
Magide criticou também a falta de infra-estruturas escolares de qualidade bem como as questões ligadas à segurança da população.
“Queremos uma escola de qualidade para os nossos filhos, muitos deles não tem família em Bissau e quando viajam para continuar o estudo, deparam com muitas dificuldades de sobrevivência”, reclamou para de seguida solicitar a segurança na ilha de Canhabaque.
Em relação a campanha de comercialização de castanha de caju, a nossa entrevistada diz que a população local está a correr o risco de morrer de fome, porque um quilograma de arroz atualmente custa 750 franco fcfa, enquanto a castanha de caju custa 200 ou 250 francos CFA por quilograma.
Durante a nossa passagem nas ilhas dos Bijagós, a RSM soube que a comunidade de Canhabaque só conta com um liceu, e também estão a deparar com grandes dificuldades no que se prende com o acesso à água potável e agentes de segurança que não existem nesta localidade. Em toda aquela Ilha, em caso de conflito os envolvidos são mandados para Bubaque, e neste momento, a situação tende a piorar, devido a falta de meios de transportes marítimos.
Por: Diana Vaz