Religião: CLERO DIOCESANO DEBATE SITUAÇÃO DA INTOLERÂNCIA ÉTNICO-RELIGIOSO NA ÁFRICA SUBSARIANA
O Clero Diocesano da Guiné-Bissau está reunido, hoje, em Bissau, no Seminário maior "Dom Settimio Arturo Ferrazzetta", para debater a situação da intolerância étnico e religioso na África subsariana e em particular na Guiné-Bissau. e em particular na Guiné-Bissau.
Em entrevista à Rádio Sol Mansi, o coordenador da Associação do Clero Diocesano, Pe. Augusto Mútina Tambá disse que o encontro de hoje vem na sequência das recomendações saídas da última reunião da União Regional dos Padres da África Ocidental realizada em junho último em Bissau, onde se debateu a situação da intolerância étnico e religioso.
"Estamos aqui no início do ano para que o pessoal da Liga [Guineense dos Direitos Humanos] nos ilumine um pouco sobre a situação e, juntos vermos o que podemos fazer para que possamos juntos lutar contra intolerância étnico-religioso na África Subsariana e de modo particular na Guiné-Bissau", explica.
Este responsável admitiu ser preocupante a situação da intolerância étnico e religioso, tendo em conta os indícios existentes nos últimos anos no país, porque "há indícios e isso nos preocupa bastante porque tudo começa num pedaço e depois vai crescendo".
"Estamos preocupados com a situação sociopolítica, mas também de intolerância étnico-religioso na África, sobre tudo aqui na Guiné-Bissau", enfatiza.
Em cada ano pastoral, a organização dos sacerdotes guineense reúne em quatro ocasiões diferentes, para discutirem a situação religiosa e social do país.
Entretanto, questionado na ocasião sobre a situação sociopolítica do país, nas vésperas das legislativas antecipadas marcadas para 24 de novembro, o padre Augusto Mútina Tambá defendeu a necessidade de ser cumprida a data das legislativas para que não se continue a adiar o país por causa das eleições.
"Então, a nossa preocupação é bastante em relação à marcação das eleições. Já foi marcada uma data, então que este calendário sejam cumpridos", aconselha.
Sobre a situação das legislativas antecipadas de 24 de novembro que está a gerar preocupações, tanto para sociedade civil assim como entre atores políticos do país, na segunda-feira, o presidente do Movimento das Organizações da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá, propôs ao Presidente Embaló a abertura de um diálogo nacional antes da realização de eleições legislativas, no entender de Caramba Sanha, o ambiente político atual não é abonatório para o país depois das eleições.
Por: Braima Sigá